sexta-feira, 26 de abril de 2013

Poema: Uma carta da Solidão -Alessandra Lima


 
Ei, menina! Abra a janela e deixe-me entrar
Em tal lugar sem luz, sem sombras.
Não fique assustada, menina, sei que sou estranha
Mas está na hora de conviver comigo.
Desde muito cedo estou te perseguindo,
Agora que já sabes o mal que o mundo pode te causar,
Abraça-me, criança!
A felicidade está em mim, está no vazio,
Na dor, na mágoa, nos erros.
Tudo se completa, minha amiga...
Só sofre com as coisas ruins da vida quem quiser.
Mas tu, não! És a imagem da inocência, e me amas
Como ninguém jamais amou.
Sempre fui a vilã para os outros, querida.
E o tempo o benfeitor; Mas o tempo nada cura;
EU, menina, eu resgato as dores e mágoas antigas
A cada pedaço partido do coração.
E se hoje és sensata e feliz,
Apesar de todas as dores passadas, parabéns, querida:
Ousasse experimentar um pouco de mim.
 
 
 
 
 
 


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